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Teorias da Mudança Social e a Mudança Educativa
Teorias da Mudança Social e a Mudança Educativa

Introdução
A mudança constitui um desafio nos processos de desconstrução ou reconstrução de ideias, é um divisor de águas entre os mundos do comodismo cultural e a ascensão intelectual.  Os conflitos são evidentes nas transformações ideológicas presentes nos diversos grupos; sempre que surge uma situação que requer dos indivíduos uma postura diferente ou comportamento ideológico divergente ao que já está estabelecido, aparece uma possibilidade de transformação e por vezes a instalação de um caos cultural, provocado pelo choque da mudança.
Não existe mudança sem renúncia, é preciso despir dos preconceitos e colocar as roupas dos conceitos novos, pelos quais haja realmente um alcance das propostas e verdades que fazem parte do bojo da transformação. Alguns temem por essas mudanças, porque uma estrutura pronta desperta comodismos; permanecer no costume alimentado por uma tradição é mais fácil que abrir mão em função de uma nova verdade ou realidade sobre o sistema atuante. Entretanto, uma nova realidade também revela novas verdades, a disposição de abrir mão do que já é em detrimento daquilo que será. Nisso consiste um grande passo para a mudança.
Dentro dessa proposta estará alguns contributos que ajudará na compreensão de algumas situações presentes dentro do contexto das mudanças e transformações sociais.
1.    Uma reflexão sobre a mudança no contexto social.
Dentre algumas teorias que ajudam à compreensão das mudanças, está a de Neil Smelser (1963), citado por Antonio Malfatti (2011) onde ele diz que são os movimentos sociais que causam mudanças não assimiladas pela sociedade. Os indivíduos passam de um tipo de integração para outra, mas não as assimilaram. (Malfatti, 2011, p. 3). Ou seja, enquanto os indivíduos estão debaixo das sombras de suas árvores conseguem assimilar seus problemas e dificuldades, mas quando são submetidos ao calor do sol, sem a sombra das quais já estavam habituados, terão que reencontrar outra árvore. Significa que eles sabem o que querem, a sombra; mas nem sempre sabem como fazer para tê-la novamente. Segundo essa teoria os indivíduos passam por um processo de descontinuidade, passando de uma ordem para outra, e essa nova ordem quando não é assimilada, provoca distúrbios sociais, daí nascem as fantasias, hostilidade e angústia.
As mudanças podem ser tanto endógenas, quanto exógenas; para a primeira, a dinâmica da mudança tem sua origem no estado. A segunda é um conjunto de fatores que estão fora da estrutura sistemática do estado. No contexto de transformações ideológicas e estruturais nem sempre o estado consegue atender os anseios da comunidade, são processos que ficam travados na burocracia não permitindo que haja regularidade na igualdade. Um outro tema abordado a seguir.
1.1.        Regularidade e singularidade
Regularidade dentro do contexto das desigualdades pode significar a existência de um sistema de dominação do estado onde prevalece o mais forte, sempre haverá uma possibilidade maior para uma classe que se destaca no cenário político. Os poderosos ditam as regras, mantendo dessa forma uma regularidade na desigualdade, não abrindo espaço para outros grupos que não fazem parte da elite.
Singularidade nessa perspectiva significa que quando uma pessoa ou grupo que não faz parte da elite consegue um lugar de destaque no cenário político, empresarial, social.  Fica explícito quando uma pessoa procedente de família financeiramente pobre consegue se destacar num cenário quase exclusivo para ricos, para tanto, até cotas são destinadas à grupos que são considerados incapazes de lutar com força proporcional dentro das categorias.
2.    Poder e poderes
O poder é uma virtude presente em cada indivíduo. Existe o poder institucional, onde ficam concentradas as decisões, poderíamos chamar de “poderes”. Deles emanam as decisões que regem a nação em todas as esferas, estabelece metas, cria e promulga leis e também pode silenciar as vozes de protestos.
Mas existe também o poder que não institucional, mas em unidade pode provocar mudanças radicais. É um poder que está presente dentro das escolas e universidades, são mentes que podem revolucionar se souber usar esse poder.
3.    Conclusão
Diante do exposto é possível perceber que as mudanças sempre ocorrerão, seja endógena ou exógena. Quando o estado promove há sempre uma tendência em transformar visando apenas interesses políticos, como se apenas legislassem em causa própria. Essa prática provoca um sentimento de revolta social, o que pode causar uma mudança cuja origem está no povo e não no poder governamental.
Os grandes desafios estão presentes em todos os contextos, as mudanças se apresentam como um dos grandes desafios pra sociedade atual. Mudar não apenas de governo, de políticas, de lugar, mas mudar sobre tudo a mente, as ideologias e as formas de atuação, embasados em novos conceitos. A verdadeira mudança é aquela que parte de dentro de cada indivíduo, somando com a transformação da ideologia de cada pessoa, juntando todas as forças, dessa forma a sociedade cresce e apresenta a sua força.

Bibliografia

Alonso, A. (2009). As teoias dos movimentos sociais. Lua Nova , 49-86.
Benavente, A. (s.d.). Mudança e estratégias de mudança.
Malfatti, S. A. (2011). Os Movimentos Sociais em Alain Touraine. Revista Estudos Filosóficos nº 6 .

Silva, A. S. (s.d.). Alguns temas para pensar mudança social.